As gerações Z e Alpha, hoje nossos alunos, nasceram imersos na tecnologia. O computador parou de ser só uma ferramenta de trabalho, como era para nós, e passou a ser também o lazer. A internet é hoje também um ambiente de convivência, reforçado durante a pandemia, também como espaço de socialização e informação.
É uma cena comum vê-los no computador ou celular, jogando e falando com os amigos por meio de chamadas de voz ou de vídeo. Seja no Discord ou WhatsApp. Muitas são as redes sociais hoje, ampliando as possibilidades dessas crianças e adolescentes entrarem em contato com muitas informações ao longo do dia, muito mais do que nos acostumamos.
Aí que devemos nos atentar. A comunicação, no geral, tem três funções: difusão da informação, entretenimento e persuasão. Portanto, nos espaços virtuais há um fluxo muito grande de informações e temos que aprender a identificá-los. Tendo em vista a relação da comunicação na evocação de emoções, as redes sociais facilitam esse contágio emocional –, atuando num nível inconsciente e automático. Sendo assim, a agressão nas redes sociais induz a propagação de comportamentos violentos entre os usuários.
Nesse sentido, dados reais e busca por informações concretas são formas de restabelecer o sentimento de segurança e amenizar a ansiedade. Ou seja, é importante retomar a realidade e fazer o exercício de discernimento para o enfrentamento de medos generalizados. É importante para nós também salientarmos que as redes sociais podem ser frequentadas de forma segura e cabe a nós enquanto escola passarmos segurança para todos da comunidade.
Todos os afetos são importantes para a tomada de decisão e atuação dos sujeitos no dia a dia. Sendo assim, a compreensão dessas emoções permite o desenvolvimento pessoal. Para isso, são importantes a construção de espaços de diálogo franco e a formação de uma rede de apoio.
